Pular para o conteúdo principal

O que houve entre nós?

Tudo parecia perfeito
Tivemos o nosso momento
Acreditei que podia dar certo
Parecíamos um belo casal
Mas terminou de um jeito banal
O que houve entre nós?

Talvez a culpa foi minha
Poderia ter te dado mais companhia
Deveria ter me entregado
A você de corpo inteiro
Não consegui, mas tentei
Juro que me esforcei
Mas nós temos nossos defeitos
E o que houve entre nós?

Você também foi culpado
Decidiu ir embora sozinho
E continuo no meu sobrado
Onde escolhi levar a minha vida
Longe daqui eu não seria a mesma
Mas você não quis me entender
O que houve entre nós?

Saíamos juntos
Divertíamos juntos
Reuníamos juntos
Rimos juntos
Rezávamos juntos
Brincávamos juntos
E mesmo assim me pergunto
O que houve entre nós?

Por que tudo deu errado?
Eu agora te respondo:
“Quanto mais distantes estamos
Mais deixamos de ficar lado a lado
E deixamos de serem namorados
A distância nos fez separar
Mas a amizade jamais se acabará
O que houve entre nós foi tão somente
A ausência de viver um grande amor.”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Meus Versos

Meus versos são o escuro, Iguais o livro de um muro, São ilusões de um futuro Que a gente vive a sonhar;  Imitar padres n'aldeia Embalados na colcheia Das cantinas do mar. Meus versos são uma Ermida Que o povo fê-la esquecida; São como a terra ebulida No desprender do normaço, Flores sem nenhum perfume, Amor que não tem ciúme, Ou como o brando queirume Se desfazendo no espaço. Meus versos são caracóis Calcimados pelos sóis, Ou como alguns rouxinóis Vagando errantes sem ninho, São uivados de raposa, Tristes como mariposas, Irmãos gêmeos da esposa, Que não possui mais carinho. São iguais vinhas sem uva,  Sentimento de viúva Ou simples gotas de chuva Desfeitas num chapadão;  São casebres desprezados, Corujões amedrontados Ou recrutas isolados Das ordens do batalhão. Meus versos são como escadas Pelos recantos quebradas, São meretrizes magoadas Lembrando o véu virginal; São cidades sem ter luz E cemitérios sem cruz, Ou a lágrima que traduz Um ato sentimental. São como dor que...

Curar

E as pessoas ficaram em casa E leram livros e ouviram E descansaram e se exercitaram E fizeram arte e brincaram E aprenderam novas maneiras de ser E pararam E ouviram fundo Alguém meditou Alguém orou Alguém dançou Alguém conheceu sua sombra E as pessoas começaram a pensar de forma diferente E pessoas se curaram E na ausência de pessoas que viviam de maneiras ignorantes, Perigosas, sem sentido e sem coração, Até a Terra começou a se curar E quando o perigo terminou E as pessoas se encontraram Lamentaram pelas pessoas mortas E fizeram novas escolhas E sonharam com novas visões E criaram modos de vida E curaram a Terra completamente. Kathleen O’Meara (1839-1888)

Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis,  tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também já decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, e amigos que eu nunca mais vi. Amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, e quebrei a cara muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo). Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida. E você também não deveria passar! Viva! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para...