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A minha mãe

Aquela tão formosa flor
Que o meu pai veio encantar,
Hoje está com traços marcados
Na luta de sempre doar.

Cansada, abatida e com cabelos brancos
Ainda vive a encantar
Com os seus gestos de amor e carinho
Que me faz ainda mais admirar.

Mamãe, se eu pudesse hoje
Não a veria a trabalhar
Colocaria numa vitrine
Só para lhe apreciar.

Gilvanete F. Lima

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