Há muito tempo atrás
Um poeta desapareceu
Com uma poesia realista
Do mundo em que viveu
Viveu na Itália
E nas duas Alemanhas
Foi um eremita
Escrever nas montanhas
Ao voltar ao seu país
Sofrem forte agressão
Arrancaram-lhe os dentes
Cortaram-lhe a mão
Mas o poeta não parou
Não parou de falar
E a vida em que viveu
Continuou a empregar
Resolveram matá-lo
Mas o poeta não fugiu
E depois de pensar
Voltou para o Brasil.
Desta vez o acertaram
E o poeta ficou mudo,
Mas não parou de empregar
A vida real deste mundo
Sem dentes, com uma mão só
Surdo e mudo ao mesmo tempo
Que ao mundo abalou:
Você matam o sonho,
Mas não matam o sonhador.
Geraldo Alverga
Um poeta desapareceu
Com uma poesia realista
Do mundo em que viveu
Viveu na Itália
E nas duas Alemanhas
Foi um eremita
Escrever nas montanhas
Ao voltar ao seu país
Sofrem forte agressão
Arrancaram-lhe os dentes
Cortaram-lhe a mão
Mas o poeta não parou
Não parou de falar
E a vida em que viveu
Continuou a empregar
Resolveram matá-lo
Mas o poeta não fugiu
E depois de pensar
Voltou para o Brasil.
Desta vez o acertaram
E o poeta ficou mudo,
Mas não parou de empregar
A vida real deste mundo
Sem dentes, com uma mão só
Surdo e mudo ao mesmo tempo
Que ao mundo abalou:
Você matam o sonho,
Mas não matam o sonhador.
Geraldo Alverga
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