Pular para o conteúdo principal

O Arco-Íris

Uma luz brilhou no céu
Num horizonte distante do meu caminho
Enquanto a chuva cai sobre meus pés
Sou apenas uma criança no meio da multidão
Você não sabe o que é estar sozinho
Perdido por aí, sem saber para onde ir
Esperando a próxima estação que vai chegar
E o arco-íris diante dos meus olhos
Para suportar um sofrimento que antes não se apagava
A cada momento uma lágrima ao vento
E a todo dia que amanhece
Cada luz que resplandece
Qualquer que sejam as suas cores de luz e sombra
E em cada cor, o que todo mundo sente
Onde a dor é menor do que se possa parecer
O amarelo é a luz de uma alegria
Um sorriso escondido, porém acredito
Que essa luz não se apaga assim
E não desaparece a imagem do meu rosto
Um universo infinito, não se esquece da mente
E em meio a essa dor, há uma tranquilidade
E é bem verdade
Que o azul e o anil são a amizade
Respeito e sinceridade
Apesar que as duas cores se diferem muito pouco
O arco-íris está crescendo intensamente
Uma miragem guardada para sempre
Porém, isso não acontece toda vez
Esse fenômeno do paraíso continua a crescer
Laranja é a cor de um brilho mais ameno
Um brilho que ainda passa por um alento
Essa paz interior de cada um não é comum
Quando chega esse vazio, a dor se esconde
O vermelho é o sangue e a dor do nosso ninho
A violeta é a luz de um prenúncio
De muitas coisas bonitas e até ruins
Ninguém pode duvidar que é um mistério
Essa intuição não passa de um caso sério
O arco-íris agora está se fechando
Mas ainda há uma cor restando
Eu sou uma criança carente e perdida
E esperam que eu brinque como antes
Eu sou uma criança carente e perdida
É o verde trazendo esperança
Da natureza e das árvores que encantam o meu ar
O arco-íris está me dizendo adeus.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Meus Versos

Meus versos são o escuro, Iguais o livro de um muro, São ilusões de um futuro Que a gente vive a sonhar;  Imitar padres n'aldeia Embalados na colcheia Das cantinas do mar. Meus versos são uma Ermida Que o povo fê-la esquecida; São como a terra ebulida No desprender do normaço, Flores sem nenhum perfume, Amor que não tem ciúme, Ou como o brando queirume Se desfazendo no espaço. Meus versos são caracóis Calcimados pelos sóis, Ou como alguns rouxinóis Vagando errantes sem ninho, São uivados de raposa, Tristes como mariposas, Irmãos gêmeos da esposa, Que não possui mais carinho. São iguais vinhas sem uva,  Sentimento de viúva Ou simples gotas de chuva Desfeitas num chapadão;  São casebres desprezados, Corujões amedrontados Ou recrutas isolados Das ordens do batalhão. Meus versos são como escadas Pelos recantos quebradas, São meretrizes magoadas Lembrando o véu virginal; São cidades sem ter luz E cemitérios sem cruz, Ou a lágrima que traduz Um ato sentimental. São como dor que...

Curar

E as pessoas ficaram em casa E leram livros e ouviram E descansaram e se exercitaram E fizeram arte e brincaram E aprenderam novas maneiras de ser E pararam E ouviram fundo Alguém meditou Alguém orou Alguém dançou Alguém conheceu sua sombra E as pessoas começaram a pensar de forma diferente E pessoas se curaram E na ausência de pessoas que viviam de maneiras ignorantes, Perigosas, sem sentido e sem coração, Até a Terra começou a se curar E quando o perigo terminou E as pessoas se encontraram Lamentaram pelas pessoas mortas E fizeram novas escolhas E sonharam com novas visões E criaram modos de vida E curaram a Terra completamente. Kathleen O’Meara (1839-1888)

Caminhos sem rumo

É sempre a mesma história Não muda quase nada Me sinto tão perdido nesta estrada Não tive nem um pouco do gosto da vitória Sempre fui tão inteligente Mas nunca fui tão eficiente Tentei me entender, quero lhe dizer Que a minha é complicada demais Tem horas que faço coisas sem querer Tem horas que preciso ser alguém Tem horas que não me sinto tão sozinho Mas às vezes pode ser que me sinto tão só E é possível que eu precise mesmo ficar só Será que é alguma estrela-guia Quem sabe um pouco de alegria Mas nada vai mudar a realidade Para entender o que para trás ficou E nesta escola da vida Quem se perde sou eu, somente eu