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Criança

A mais pura inocência
Seu mundo é pequeno
Protegida por todos
Assim nasce uma criança
Cresce com olhares de amor
Sofre também quando tem dor
Adormece com música de ninar
Tem mãe, tem colo para alimentar
Traz sempre alegria à família
Começa um pequeno ser
Se transforma com o tempo
Aprende com facilidade
Devemos cuidar todo dia
Jamais vir a desprezar
Todas elas são sementes
Nossa missão é cultivar
Crianças indefesas que sofrem
Falta família, aconchego
Nunca pediram para nascer
Mas têm os desafios pela frente...
Maria de Fátima Lúcia Santana

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Meus Versos

Meus versos são o escuro, Iguais o livro de um muro, São ilusões de um futuro Que a gente vive a sonhar;  Imitar padres n'aldeia Embalados na colcheia Das cantinas do mar. Meus versos são uma Ermida Que o povo fê-la esquecida; São como a terra ebulida No desprender do normaço, Flores sem nenhum perfume, Amor que não tem ciúme, Ou como o brando queirume Se desfazendo no espaço. Meus versos são caracóis Calcimados pelos sóis, Ou como alguns rouxinóis Vagando errantes sem ninho, São uivados de raposa, Tristes como mariposas, Irmãos gêmeos da esposa, Que não possui mais carinho. São iguais vinhas sem uva,  Sentimento de viúva Ou simples gotas de chuva Desfeitas num chapadão;  São casebres desprezados, Corujões amedrontados Ou recrutas isolados Das ordens do batalhão. Meus versos são como escadas Pelos recantos quebradas, São meretrizes magoadas Lembrando o véu virginal; São cidades sem ter luz E cemitérios sem cruz, Ou a lágrima que traduz Um ato sentimental. São como dor que...

Curar

E as pessoas ficaram em casa E leram livros e ouviram E descansaram e se exercitaram E fizeram arte e brincaram E aprenderam novas maneiras de ser E pararam E ouviram fundo Alguém meditou Alguém orou Alguém dançou Alguém conheceu sua sombra E as pessoas começaram a pensar de forma diferente E pessoas se curaram E na ausência de pessoas que viviam de maneiras ignorantes, Perigosas, sem sentido e sem coração, Até a Terra começou a se curar E quando o perigo terminou E as pessoas se encontraram Lamentaram pelas pessoas mortas E fizeram novas escolhas E sonharam com novas visões E criaram modos de vida E curaram a Terra completamente. Kathleen O’Meara (1839-1888)

Caminhos sem rumo

É sempre a mesma história Não muda quase nada Me sinto tão perdido nesta estrada Não tive nem um pouco do gosto da vitória Sempre fui tão inteligente Mas nunca fui tão eficiente Tentei me entender, quero lhe dizer Que a minha é complicada demais Tem horas que faço coisas sem querer Tem horas que preciso ser alguém Tem horas que não me sinto tão sozinho Mas às vezes pode ser que me sinto tão só E é possível que eu precise mesmo ficar só Será que é alguma estrela-guia Quem sabe um pouco de alegria Mas nada vai mudar a realidade Para entender o que para trás ficou E nesta escola da vida Quem se perde sou eu, somente eu