Uma estrela cadente chegou no Velho Oeste
Veio da capital pra brilhar em Albuquerque
Seu nome já estava escrito pelos olhos da ciência
Mas tinha alma de artista trazida por Deus
Sua grandeza e bondade fez dele um talento
Dono de rara beleza e com um toque de sensibilidade
Mesmo tão jovem tinha caráter íntegro
E bons sentimentos em seu coração
Que nem sempre é compreendido
Romântico, sedutor, lindos olhos azuis
Uma barba não muito discreta
Um sorriso de fazer inveja
A qualquer outro ator de novela
Mesmo não sendo de verdade
Na realidade, seu figurino era único e original
Típico de uma peça teatral, que por debaixo de suas roupas
Revelava um homem sensível, ingênuo e sentimental
Maduro no que é justo e honesto, imaturo no amor
Conquistou o coração de uma linda menina
Esperta, meiga, inteligente e graciosa
Ele que tinha uma irmã confidente e corajosa
Nunca podia ter o colo de uma mãe
Mas convivia com a fúria de um pai
Autoritário como Hitler na Segunda Guerra Mundial
Pelo amor à arte seu sonho falou mais alto
Viveu como a obra de Shakespeare que recitava
Em forma de poesia, mas que triste ironia
Viveu como Romeu e Julieta
Lutou contra tudo e contra todos
Para viver uma aventura sangrenta
E lembrar a morte do primo da sua amada
Que a assediava e com muita raiva e ciúmes
Brigou com ele, mas não o matou, foi acusado injustamente
De um crime que jamais ousaria, mas ninguém acredita
Mesmo contra os preconceitos, era vítima deles
Queria ensinar crianças o que tinha aprendido na capital
Onde foi estudar canto e dança
Tinha coragem, mas não tinha armas
Tinha vontade, mas nunca quis brigar
Muito menos machucar ninguém
A não ser quando lhe provocam de tal modo
Que o deixam furioso de tanta raiva
Também era vegetariano, um pouco ingênuo
Mas tinha um grande coração
Seu visual para ele era moda
Usar brincos e tatuagens e o modo de vestir
Ninguém lhe dava valor, nem pelo seu caráter
Pois seu pai era inimigo de todos que eram contra o seu poder
Até que um certo dia foi cantar no saloon e mostrou sua música
E sua dança no meio da cidade, parecia mágica
A dança na areia em pleno deserto do Novo México
Lembrando os tempos da Broadway
Beatles no século 19, não era estranho?
Ficção, não era real, novela de época, 1881
Onde tudo podia aconteceer nessa viagem
A mesma em que o nosso herói
Fez a primeira canção para ela, seu grande amor
Cujo nome se chama Penny, ou melhor,
Penny Lane, não parece familiar?
Com uma flauta no bolso e um violão na mão
Entoava melodias de um trovador solitário
Em cada cena, maravilha de cenário
Então, seu sonho prevaleceu
Enfim, o amor venceu
Sua estrela brilhou, iluminou, encantou
E continua cada vez mais reluzente
Como uma diamante ou um brilho dourado
Como o sol nascente, ou ainda, como uma luz
Que brilha florescente essa mesma luz
Que no meio da noite, sob raios e trovões
Foi descoberto em forma de um gás iluminado
Como também tinha essa estrela
Foi o grande amor de sua vida que foi batizado
O gás então desconhecido
Passou a se chamar Neon
O mesmo nome da estrela que aqui está
Sendo escrita em forma de poesia
O mesmo apaixonado, a estrela no coração,
A energia de viver intensamente
A mesma energia de uma luz que brilha na escuridão
E continua brilhando até os dias de hoje eternamente
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