Como se fosse hoje

Eu era só uma criança,

Durou até a pré adolescência

Como num passe de mágica

Passou um furacão inglês na nossa vida

O mundo nunca mais seria o mesmo,

Uma grande influência é lembrada

Como se fosse hoje

Um extraterrestre de roupas estranhas, às vezes coloridas

Deste que passou pelo nosso planeta

Uma estrela, um asteróide, um cometa

Que passou como se fosse hoje

A voz estridente emocionava

Nos meus ouvidos sempre ecoava

O estilo de vida escandalizava

Que no fundo ninguém se importava

Mesmo depois de tanto tempo

E só por um momento

Ainda lembro como se fosse hoje

A mesma voz que como um alarme soava

E dia após dia me despertava

Até que um dia, para sempre se calava

A lembrança fica na memória

Suas imagens fizeram sua história

Por tantos anos e anos de glória

De sua vida tão curta e tão intensa

De um carisma e um talento tão imenso

Que até hoje é uma grande referência

Para as gerações futuras que trilham seu caminho

Pois desejam seguir o seu destino

O mesmo daquele que veio ao mundo como um rolo compressor

E se despediu dos terráqueos num disco voador

Como se fosse hoje…

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Caminhos sem rumo

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Meus Versos

Meus versos são o escuro, Iguais o livro de um muro, São ilusões de um futuro Que a gente vive a sonhar; Imitar padres n'aldeia Embalados na colcheia Das cantinas do mar. Meus versos são uma Ermida Que o povo fê-la esquecida; São como a terra ebulida No desprender do normaço, Flores sem nenhum perfume, Amor que não tem ciúme, Ou como o brando queirume Se desfazendo no espaço. Meus versos são caracóis Calcimados pelos sóis, Ou como alguns rouxinóis Vagando errantes sem ninho, São uivados de raposa, Tristes como mariposas, Irmãos gêmeos da esposa, Que não possui mais carinho. São iguais vinhas sem uva, Sentimento de viúva Ou simples gotas de chuva Desfeitas num chapadão; São casebres desprezados, Corujões amedrontados Ou recrutas isolados Das ordens do batalhão. Meus versos são como escadas Pelos recantos quebradas, São meretrizes magoadas Lembrando o véu virginal; São cidades sem ter luz E cemitérios sem cruz, Ou a lágrima que traduz Um ato sentimental. São como dor que suplanta,

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